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- Quando os alimentos se tornam imateriais
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Que comam dados!
As autoridades da concorrência da União Europeia, dos EUA e de outras partes do mundo estão a aprovar o investimento de mais de US$ 250 mil milhões em megafusões de empresas do agronegócio. Na edição do ano passado do Observatório do direito à alimentação e à nutrição, Mariam Mayet e Stephen Greenberg alertaram que, se as três megafusões do agronegócio que estão a ser discutidas atualmente forem aprovadas, a soberania das agricultoras e agricultores e o direito humano à alimentação e à nutrição adequadas seriam comprometidos. No momento da redação deste artigo, no início de 2018, parece que todas as três serão aprovadas, e as três empresas fundidas — Bayer-Monsanto, Dow-Dupont (chamada agora de Corteva) e ChemChina-Syngenta — controlarão dois terços dos mercados de sementes e agroquímicos, aumentando o poder das grandes empresas multinacionais para ditar os preços dos fatores de produção e limitar as escolhas das agricultoras e agricultores